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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Chegou o fim!

A República 703 está com seus dias contados:  10! 

Quando entramos aqui éramos totalmente diferente do que somos hoje. 
Nosso relacionamento era diferente, nossa amizade era diferente, nosso dia a dia principalmente. 

A dois anos atrás estávamos ansiosos para morar juntos, era uma vida totalmente nova, amizades novas, e  bota nova nisso. Todo dia era um dia legal! Principalmente quando a vergonha foi deixada de lado, quanta bobeira, quanta rata esse povo deu aqui dentro! 
É cada um pior que o outro... um bando de doido! rs

Já fomos conselheiros um dos outros, cúmplices, e já quase transformamos essa casa em um circo, e em um chiqueiro também.

Já passamos a noite dando risadas, e também já passamos dias com a cara fechada.

Quando criamos esse blog o propósito era registrar tudo que iríamos viver aqui, e teria sido ótimo de tivéssemos conseguido cumprir esse propósito, seriam histórias bem registradas. Mas você, sabe como é a vida de um universitário em uma república? Nós não sabíamos! Se pensou que é como nos filmes, só sacanagem, romances, bagunça, amizade, risos, etc etc.. enganou-se! É ralação total! Estudar, trabalhar e conviver! Nada f'acil!


Como diria Apóstolo Paulo:
Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.Filipenses 4:12






Nós já ficamos sem energia, sem água e praticamente sem comida. Em compensação quase todo dia alguém ficava até de madrugada no computador, alguém colova três, eu disse TRÊS enxágues na máquina de lavar, e já tivemos almoços e lanches maravilhosos, principalmente a segunda-feira da tapioca. Nós já deixamos a casa um lixo, mas também já ficamos até 11 da noite limpando ela.



Já tentamos dormir e os outros não deixavam. Algumas vezes no telefone, algumas vezes jogando UNO, muitas e muitas vezes dando rata e pulando de madrugada.

Nosso interfone já tocou váááárias vezes pedindo que fizéssemos silêncio. Um dia a Kelly atendeu com voz de sono e fingindo que não era aqui. Até acho que ela deveria seguir carreira de atriz, porque até eu fiquei na dúvida se estávamos ou não fazendo barulho. kkkkkkkkkkk

Já tivemos inúmeros visitantes: Mãe e pai de todos, namorados, tios, primos, avós, amigos e desconhecidos. rs

E o "quartinho do Matheus" se tivesse boca e ouvidos teria muita coisa pra contar, porque todo mundo quer falar no celular lá dentro, até hoje.
E quando o Matheus saiu, quase tivemos que fazer sorteio pra ver quem ficaria com ele, acabou virando quartinho de todo mundo que quer falar no celular, de todo mundo que tem que estudar até tarde, de todo mundo que queria ficar sozinho, de quem queria chorar sozinho e também pra discutir a relação. rs
E agora, depois que o chuveiro do outro banheiro pegou fogo, também virou quartinho de quem quer tomar banho sem correr o risco de morrer pelada.
(Esse chuveiro já pegou fogo com todo mundo.)

No começo queríamos arrumar as coisas que o dono do apartamento ficava enrolando, por fim, deixamos como estava e nos acostumamos.

O tempo foi passando e a "empolgação" foi passando...
Eu disse "empolgação" não disse a amizade.
E por ser amizade que entendo que as coisas e as pessoas mudam, e não é por isso que sairão de nossas vidas.

A intimidade realmente pode afastar as pessoas, mas se elas deixarem.

Aqui morou pessoas de todos os jeitos: risona, palhaça, chorona, porca, folgada, trabalhadora, preguiçosa, esforçada, nervosa, caaaaaaaaaaalma, boa cozinheira, péssima cozinheira, sem noção, misteriosa, fresca, conselheira, humilde, ignorante, estudiosa, enrolada, namoradeira, faladeira, deprimida, fofoqueira, reservada, falsa, com dinheiro, sem dinheiro, tímida, espontânea, nenhuma feia, cada uma com uma beleza diferente, algumas que se achavam mais que as outras, e faziam questão de  chamar as outras de magrelas ou de gordinhas, umas que não se importam com isso, e umas que ficavam morrendo de raiva. Aquela que falava alto, a que falava baixo, todas com sutaque goiano, mas uma que muda de sotaque dependendo com quem fala. Tem as que acordam cedo, e as que pagam pra dormir até mais tarde. Aquela que quando quer falar alguma coisa fica jogando indireta, e aquela que chama num cantinho e fala. Com óculos, sem óculos, e umas que fingem que não estão vendo nada, rs. Viciadas em internet, e viciadas em televisão.

E não somos todas assim?
Somos o que o momento nos proporciona.
O que era não é mais, e o que não era agora é.
Ninguém saiu daqui melhor do que ninguém.
Ninguém saiu daqui pior do que ninguem.
Uma pegou o jeito da outra.


Lembrando assim, dá aperto no coração, um mix de sentimentos.
Eu levarei comigo todas as lembranças e a certeza de que cresci aqui.

Crescemos.


E espero que marquemos uma despedida, ou melhor, uma confraternização néam?



E desejo o melhor pra cada uma, de coração!

Um beeeeeijo,

Eveliny